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Trilogia do Círculo – Nora Roberts

Trilogia do Círculo

A trilogia do círculo conta com aventura, romance e mitologia celta. A autora, Nora Roberts, conseguiu uni-los de forma viciante.

Sinopse

Extravasando seu sofrimento à tempestade, Hoyt Mac Cionaoith esbraveja contra a força do mal que o separou do irmão gêmeo. Essa força se chama Lilith, uma vampira demoníaca. Nascida há milhares de anos, ela atrai um número incontável de homens, devastando-lhes a alma com seu beijo maligno. Poderá Lilith ser detida antes que finalmente consiga dominar o mundo? Hoyt não é páreo para a ninfa do mal. Mas seus poderes vêm da deusa Morrigan, e através dela terá sua grande chance de vingança. Sob o comando de Morrigan, ele deverá reunir cinco outros para formar um círculo de força poderoso o bastante para derrotar Lilith. Um círculo de seis: ele próprio, a bruxa, a guerreira, a erudita, aquele de múltiplas formas e aquele que ele perdeu. E será com esse círculo, centenas de anos no futuro, que perceberá como seu espírito assim como seu coração se tornaram…

Irei falar então de cada livro, baseado naquilo em que eu me lembro (reli eles algumas semanas atrás). Sobre o contexto geral, o que já adianto a vocês é que cada livro irá retratar sobre um casal do circulo. Então, bora conhecer eles.

Primeiro livro – A cruz de Morrigan

O primeiro livro da trilogia do círculo nos mostra as informações básicas em seus primeiros capítulos. São detalhes sobre a perda do irmão gêmeo de Hoyt, a batalha contra a antagonista, Lilith, e a missão que a Deusa Morrigan dá ao rapaz.

Tive a impressão de que as coisas ocorrem rapidamente. Um momento o protagonista tá lutando, na outra fala com a deusa, em seguida já tá na casa dele e partindo pra casa da família… É uma mudança constante de cenários que explicam a forma de Hoyt se preparar para cumprir com a missão que lhe foi dada.

O mais interessante é a forma como a viagem no tempo foi introduzida na história. Pois é, temos viagem no tempo nessa trilogia, o que dá um charme ainda maior no desenvolvimento dos romances e da interação entre os personagens.

Hoyt, e outros personagens, são do século XII. E o que mais me chamou a atenção é a forma como a autora usou alguns costumes pagãos celtas para enriquecer a cultura da história. Principalmente a mitologia (Deusa Morrigan é conhecida como a divindade celta da guerra).

No livro também vemos a relação entre Hoyt e seu irmão, Cian, que é repleta de brigas. Afinal para o vampiro, tudo aconteceu á anos atrás, enquanto para Hoyt foram apenas alguns minutos atrás. Conseguem perceber que a questão temporal é diferente para e para outro, o que ocasiona a maior parte da briga entre eles.

A protagonista do primeiro livro é uma bruxinha da atualidade. Glenna vive sozinha em seu apartamento, e sua intuição sempre lhe mostrava que algo grande iria acontecer. Típico de uma bruxa haha. E suas intuições á levam para o bar de Cian, onde ela irá conhecer Hoyt.

 Como falei anteriormente, temos um casal para cada livro, e aqui Hoyt – um feiticeiro – se vê encantado por uma bruxa. Isso chega a ser irônico, pois ele não confia em bruxas. E por ele ser todo estranho – caramba o cara é de séculos atrás! – acaba se surpreendendo com o jeito de Glenna.

Não que ela seja diferente de um mulher que temos nos tempos atuais, mas para Hoyt é. Então ela é independente, toma a liderança em algumas situações, além de ser bem carinhosa e compreensiva.

Segundo livro – O baile dos deuses

No segundo livro da trilogia do círculo, temos o foco em Larkin e Blair. Esta última aparece no final do primeiro livro.

 Blair também é dos tempos modernos, e trabalha como caçadora de vampiros. Parece que se trata de um trabalho que é de família, desde o século XII. Quando ela chega no círculo, a garota é a melhor lutadora, além do vampiro. Por isso fica encarregada de treinar o pessoal no período do dia.

 Larkin por outro lado é um rapaz que tem um dom interessante de se transformar em um animal, seja de pequeno ou grande porte. Ele é primo de Moira, um rapaz mega social e sempre de bom humor. É um dos que sempre fica empolgado na hora de chutar a bunda dos vampiros. Quando Larkin vê Blair treinando, ele fica encantado. Acha atraente o fato dela ser forte e independente.

Por isso, ele vai se aproximando com seu jeitinho Larkin de ser. Digo isso pois o rapaz me fez lembrar aqueles garotos populares de colégio, que é capitão do time de futebol, sabe? Ele me passou essa impressão.

 Os dois super se dão bem por justamente gostarem de lutar, e eles conseguem se apoiar de certa forma. Além disso, Blair tem um probleminha com relacionamentos, devido á algumas situações.

Mas convenhamos, Larkin era viajante no tempo, podia se transformar em um dragão, e ainda por cima o cara era da realeza! Estranheza é sobrenome para esse relacionamento entre os dois haha.

 Posso resumir esse livro com um grande avanço em relação á batalha contra os vampiros. E esse avanço deu certo, principalmente pela boa relação dos protagonistas desse segundo livro.

Terceiro livro – O vale do silêncio

O terceiro livro da trilogia do círculo, é o que você irá ansiar por ler. Quero saber dessa guerra logo, quero saber o que vai ser para cada casal. EU QUERO SABER COMO VAI FUNCIONAR O ROMANCE ENTRE CIAN E MOIRA! Essa sou eu… surtando.

 Moira é a princesa de Geall, que teve sua mãe morta por um vampiro bem diante de seus olhos. Tão breve teve a visão de Morrigan, e juntamente com seu fiel amigo e primo Larkin, partiram de Geall para o baile dos deuses, e caíram em um mundo completamente diferente, onde mulheres usam calça jeans e não vestido. Moira gostou disso.

 Moira é uma garota que gosta de estar cercada por livros e consegue receber informações com facilidade. Por isso quando ela chega na casa de Cian, nos tempos modernos, ela passa o seu tempo livre na biblioteca, lendo os mais diversos livros que falem sobre vampiros. Apesar de ser da realeza, nossa garota é bastante decidida, e quando é pra aprender algo ela arregaça as mangas e vai aprender. Principalmente á lutar.

 Apesar de Moira, no inicio, ter sido relutante em relação à Cian – já que é um vampiro querendo matar outros vampiros – aos poucos ela começa a gostar dele. Mas é aquela paixão silenciosa.

Ao retornarem para Geall, Moira volta a seu posto de princesa e começa a se ocupar com seus deveres.

 Cian por outro lado, é um rapaz que gosta de ficar quieto na dele. Além disso, quando vão para Geall, ele prefere ficar sozinho já que as pessoas não confiam nele, mesmo que a princesa e o Larkin tenham seu voto de confiança. Então as pessoas reagem com medo dele, evitam ficar perto dele. Quando você acha que Cian está agindo mais humanamente, essas situações ocorrem o fazendo lembrar que ele é um vampiro, e que as pessoas deveriam sim temer ele.

 E quando ele vê Moira com suas roupas reais, coroa e tudo mais, ele se encanta por ela. Não que ele não tivesse uma queda por ela enquanto a garota estava em sua casa, mas ele evitava expor seus sentimentos.

O principal motivo deles serem relutantes em admitir é que ao fim da batalha, ambos se afastariam, cada um em seu mundo, em seu tempo, em sua realidade. E por mais que Moira soubesse que não amaria outra pessoa, ela queria aproveitar aquele momento. É assim que os dois começam a se relacionar.

 E com essa intimidade, Cian vê coisas diferentes. Vê uma Moira diferente, e vê a si próprio diferente.

 E com isso, chegamos ao dia predestinado pelos deuses, o dia em que a batalha ocorre no Vale do silencio. 

O romance

Devo dizer que na primeira vez em que li a trilogia, amei em disparada o romance entre Cian e Moira. Agora que reli, continuo gostando dos dois, mas também me afeiçoei demais á Hoyt e Glenna. Larkin e Blair também adorei, ela se encantando com ele quando se transforma em dragão, aaaa.

 Sem falar que esses rapazes, quando queriam ser galanteadores, eram cada palavras irlandesas para querida aqui e ali, chega a arrepiar.

Se os caras usavam o irlandês para chamar de querida, pode apostar que já estão completamente apaixonados por nossas guerreiras. Cheguei no terceiro livro com sangue nos olhos, só esperando o Cian dizer essas palavras para Moira.

 Os personagens crescem bastante, Hoyt e Glenna então! Gente que sensacional esses dois, eles criaram uma conexão tão forte entre si, que fiquei com muita inveja. E era tão notável que Hoyt ficou bobo pela Glenna, a paixão dele é sem palavras. Simplesmente amo.

 Já o Larkin nos surpreende ao final do segundo livro. Tomar certas decisões não são fáceis, mas ele bateu o pé. Além disso, era claro que ele ficaria bem com as decisões que tomou. Realmente, é um rapaz que você gostaria de conversar e ter por perto, porque olha…

E quanto à Moira, gente essa menina conseguiu crescer, principalmente sobre seus sentimentos com Cian. Foi nítido que esse amor, a tornou uma mulher de atitudes. Principalmente ao se tornar rainha de Geall. 

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O progresso dos personagens

É muito nítido durante toda a trilogia, que os personagens se desenvolvem. Seja dentro das relações ou por conta da batalha contra os vampiros.

O que é mais nítido envolve o empoderamento das mulheres dentro da batalha. Apesar de Glenna e Blair serem dos tempos modernos – e por consequência já serem empoderadas – vemos que elas influenciam Moira á se desenvolver também.

A forma como as mulheres se tornam fortes também reflete nos rapazes, em especial Hoyt e Larkin, já que Cian também é dos tempos modernos. O feiticeiro e o rapaz de múltiplas formas se encantam por mulheres fortes, de opinião, que gostam de trabalhar ao lado deles e saibam se virar.

Algumas pessoas podem ver esse empoderamento feminino como uma quebra do que é conhecido como “aspecto feminino”. Isso seria a visão de que a mulher é delicada, prefere cuidar do próprio corpo do que tomar a frente na batalha. Nesse caso, Nora Roberts descreve as personagens – principalmente Glenna – como imensamente femininas e ainda assim fortes que tomam iniciativa.

Ou seja, Nora Roberts nos apresentou personagens femininas que podem nos influenciar no dia a dia.

Enquanto que os rapazes, bom… eles já são fortes quando o assunto é batalha. Contudo, trabalhar em grupo e aceitar que a amada não quer ser protegida são os maiores desafios. Eles crescem durante a história sem nem perceber, e isso é sensacional!

Conclusão

Pretendo reler o livro – em especial o primeiro – para absorver um pouco mais sobre a bruxaria que a autora colocou no enredo. Por justamente querer retratar as bruxas da maneira correta nos livros, aqui no site temos a categoria Chemin de lune, (ou caminho da lua) onde faço postagens sobre a prática da bruxaria nos tempos atuais.

A trilogia do círculo também me incentivou á escrever uma trilogia, quando eu ainda escrevia fanfictions, lá em 2013. É a trilogia “I’ll suck your blood”, e que atualmente estou a revisando, reescrevendo para torná-la original. Foi a forma de misturar mitologias, vampiros, feiticeiros e bruxas em uma aventura romântica. Adorei isso e quis muito criar a minha própria história.

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