Bruxaria Caminho da Lua

Conhecendo a Roda do Ano

Roda do ano

Com certeza já deve ter se deparado com a famigerada Roda do Ano, e a importância que ela tem dentro da Wicca, e até mesmo da bruxaria. Pois bem, irei juntar algumas definições do que seria roda do ano, e iremos entender direitinho do que se trata.

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Sumário

Introdução

O que é a roda do ano

Solstício e Equinócio

Roda do ano na Wicca

A diferença da Roda do Ano nos hemisférios

Conclusão

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۞ Introdução

Todas as religiões contém suas datas comemorativas com respectivos significados, como o natal e a páscoa. Algumas dessas datas passam á ser comemoradas nacionalmente ou até mundialmente, tornando-se uma data comercial. A bruxaria também tem suas datas festivas.

Dependendo da vertente que seguirá na bruxaria, pode ser que a Roda do Ano não seja algo tão importante. Contudo, a maioria dos bruxos a seguem. Ela envolve ao todo 21 celebrações, sendo 13 esbats e 8 sabbats, tendo seu significado diferenciado para os bruxos. Aqueles que seguem a Wicca encontraram nos esbats uma celebração voltada á Deusa, enquanto nos sabbats uma celebração voltado ao Deus.

Para os não wiccanos, a Roda do Ano envolve um ciclo que a natureza passa, e que reflete em todos nós tanto por fora quanto por dentro.

۞ O que é a Roda do Ano

Nos esbats temos uma celebração mensal da lua em sua fase cheia. Para os bruxos, a fase de lua cheia é um momento de imenso poder. Dessa forma, rituais, banhos mágicos e poções são feitos nessa noite para aproveitar desse poder total da lua.

Já a palavra sabbat vem do grego sabatu, que significa descansar.

Os sabbats são oito pontos aos quais ligamos os ciclos internos e externo, a ligação entre o sazonal, celestial, comunal, criativo e o pessoal se encontram. Quando a estação muda despertamos o poder interior, o poder para curar, transformar, e renovar a terra. Ele representa a mudança das estações do ano, e também do percurso do Sol (ou o Deus Cornífero) durante este período sazonal.


Leia também: Os significados das fases das lua | O Deus cornífero pagão


Ou seja, a natureza em nossa volta muda, nós também mudamos, e isso gera uma ligação entre homem e natureza. Para alguns, essa conexão também é visto como um contato com os deuses, que atrai a energia deles para dentro de nós.

Os oito pontos que compõem a roda do ano não tem um começo e nem um fim, ele representa um ciclo, que poderá entregar ao bruxo uma compreensão do ambiente em que ele vive.

Quando se comemora um sabbat, há uma reflexão sobre a manifestação da natureza em nós, sentindo de seu fluxo e as mudanças que a natureza acaba trazendo em nossas vidas.

O motivo de vermos a Roda do Ano como uma celebração cíclica é devido a simbologia que carrega. Esses sabbats representam o nascimento, crescimento, amadurecimento, envelhecimento, morte e renascimento. Na natureza isso é muito nítido, pois plantamos as sementes, elas crescem, amadurecem, tem frutos, caem suas folhas, morrem e então voltam a crescer. Percebem como isso se torna um ciclo sem fim?

۞ Solstício e Equinócio

  Solstício é a trajetória anual do sol, que atinge dois pontos de afastamento máximo em relação ao Equador celeste, tanto para o norte quanto para o sul. Esses pontos são chamados de solstícios, no caso do inverno é marcado como o dia mais curto do ano, e o de verão o mais longo do ano.

  Já o equinócio é um ponto de interseção dessa trajetória do Sol com o equador celeste, que determina os dois momentos em que ele se encontra exatamente sobre o equador. É quando o dia e a noite tem a mesma duração.

Dentro da bruxaria eles são vistos e denominados como os sabbats menores, são eles: yule, litha, ostara e mabom. Vamos conhecer brevemente cada um deles.

Yule – Solstício de inverno

A palavra Yule vem do norueguês arcaico que significa “roda”. O que mais chama a atenção desse sabbat são os costumes similares ao natal, que é um feriado religioso cristão. Dentre os costumes, o maior é a árvore de natal que também é usada no yule, apesar de carregar um significado diferente, além de estarem celebrando o nascimento de um Deus. Já saiba que os costumes natalinos advém de costumes pagãos!

De qualquer forma, o Yule era um período de reafirmamos a vida, celebrar o espírito da Terra para que possamos chegar até a Primavera.

“Yule também é conhecido como o Festival das Luzes, por todas as velas acesas nessa noite. Na antiga Roma, era chamado de Natalis Solis lnvicti – ‘Nascimento do Sol invicto’ – e ocorria durante o festival mais longo da Saturnalia, o maior festival do ano, do qual herdamos a nossa imagem do Ano-Novo, o velho Pai Tempo (Saturno) com sua foice”.

 O Deus morrera em Samhain, e no inverno, a maior parte das plantações também perdem suas forças e morrem. Apenas algumas delas permanecem verdes e inteiras nessa estação tão gelada. Então estamos nesse momento de morte, e renascimento, pois a Deusa dá a luz á seu filho/consorte.

Ostara – Equinócio de primavera

A deusa é a maior figura que se apresenta no sabbat de Ostara, por retornar ao seu aspecto de donzela. Porém, há uma em especial que fora homenageada com o nome do próprio sabbat; é a deusa anglo-saxã Eostre, cujo nome significa “Deusa da Aurora”. Ela é conhecida como a deusa da primavera, da ressurreição e renascimento.

Em outras culturas, a deusa Eostre é conhecida como Ishtar, Astarteia, Ashera, Afrodite, Inana e Vênus. São divindades voltadas para o feminino, fertilidade e á sexualidade.

O Deus que nasceu no yule, agora está em seu aspecto jovem e se tornou um guerreiro ou caçador. Os dois aspectos dos deuses nesse sabbat demonstra o crescimento, desenvolvimento, a vida por si só. Assim como a própria natureza se recupera do frio no yule, os humanos também se sentem vigorosos para apreciar a vida tal como ela é.

“A Deusa cobre a terra com seu manto de fertilidade, despertada de Seu repouso, enquanto o Deus se desenvolve e amadurece. É um período de iniciar, de agir, de plantar encantamentos para ganhos futuros, e de cuidar dos jardins rituais”.

Também é dito que nessa data, a Mãe-Terra dá luz á dois pares de gêmeos: o homem verde e a donzela verde, o homem vermelho e a donzela vermelha. Eles, respectivamente, representam as plantas e os animes retornando á vida depois do inverno.

Litha- Solstício de verão

Nesse sabbat, o dia tem duração maior que a noite, dando início ao verão. O sol chega em seu poder máximo, tornando folhas, flores e frutos abundantes em toda a natureza. Por conta de tal poder do Sol, muitos bruxos usam esse sabbat para realizar rituais pedindo por proteção, pois o brilho afugenta as sombras.

Nas práticas antigas, Litha era considerado um dos sabbats mais festivos. Por conta do ambiente propiciar tamanha alegria (afinal, o Sol está brilhando), as pessoas brincam, fazem rituais, se conectam á divindades. Ou seja, é um sabbat bastante vívido.

Eventualmente, o brilho do sol em seu auge se torna um potencial para rituais e feitiços nesse sabbat. Quem deseja curar a si mesmo, seja física ou mentalmente, o sabbat de Litha é a melhor data.

No calendário cristão, o sabbat de Litha fora substituído pela data de São João.

Mabom – Equinócio de outono

Esse é um sabbat que celebra o equilíbrio, pois no equinócio o dia e a noite tem a mesma duração. Reflita sobre como a sua saúde, a relação amorosa, familiar, sua espiritualidade, e demais campos da vida estão, e faça o que for necessário para equilibrá-los. Para isso, descarte ao que não deu certo, faça banimento de más energias, busque pela harmonia das relações – sejam elas fraternais ou românticas – e também pode fazer um feitiço de proteção.

   Contudo, há bruxos que preferem permanecer na reflexão apenas, e evitar trabalhos mágicos. Isso porque se trata da segunda colheita, talvez vejam como um momento de respeito.

  Como estamos nesse momento de colheita, devemos refletir e agradecer pois estes alimentos que estão sendo colhidos serão o nosso sustento durante o inverno. Iremos nos preparar para o inverno, onde deveremos nos recolher, então começamos a pensar sobre os projetos da vida que queremos iniciar quando o sol voltar. 

۞ Roda do Ano na Wicca

Na Wicca, o sabbat representa tanto o Deus quanto a Deusa. A Deusa seria toda a natureza, enquanto o Deus é sol. Para celebrá-los, podem ser feitos fogueiras, velas, cânticos, comidas, etc. Dentro da religião, a Roda do Ano representa a forma como nós vemos o universo, como que celebramos os ciclos da natureza, e como refletimos isso em nosso viver.

Alguns wiccanos comemoram os sabbats com rituais, comidas associadas á cada celebração, a fim de se encontrar com a Deusa e com o Deus. Também são datas que podem haver paticas de magia para ajudar, curar, confortar e proteger os wiccanos e seus entes queridos. 

Enquanto que o esbat é visto como uma fonte mística de energia. Mesmo sabendo que a luz da lua é mais um reflexo da luz do sol, entende-se que a lua tem o seu poder sobre o ciclo menstrual das mulheres, o comportamento dos animais e as marés. Então o rito de esbat envolvem a pegar a energia da lua para fortalecer trabalhos mágicos.

Assim como dito anteriormente, o esbat é visto como uma celebração á Deusa, de se conectar á ela.

De todo modo, depois que os wiccanos terminam seus rituais, é o momento de festar.

۞ Os quatro grandes sabbaths

Antes do homem ser capaz de determinar quais dias iriam começar as estações, havia um sistema que era utilizado para determinar o pico delas. Basicamente o homem sabia qual período seria ideal para colher, plantar e se recolher.

Os outros quatro festivais comemorados na roda do ano são chamados de grandes sabbaths, justamente por serem mais antigos que os solstícios e equinócios, e apontar o ápice de cada estação. Nela encontramos o pico do outono, inverno, verão e primavera que são denominados, respectivamente de : Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas.

Sabbath de Samhain

Alguns bruxos consideram esse sabbat como terceira e última celebração da colheita. No entanto, o foco dele é outro.

Estamos cada vez mais próximos do inverno, de nos recolher e esperar pelo retorno da luz. Além disso, o manto que separa os vivos dos mortos está fino permitindo que eles possam vir visitar o mundo dos vivos, o que nos trás a reflexão sobre aqueles que já se foram. Não é um momento de tristeza, mas de reflexão.

Na mitologia celta, Samhain demarca o ano novo. É uma data que fica exatamente entre o ano velho e o ano novo, o fim do verão e início do inverno. Também é considerado um ponto alto da roda do ano, pois essa transição entre o velho para o novo nos faz lembrar a questão do ciclo que a bruxaria sempre acredita (nascimento – morte – renascimento). 

O samhain ainda é comemorado, principalmente depois da imigração dos povos celtas para as Américas, onde o sabbath se tornou tão popular á ponto de ser comercializado. Com o passar dos anos o sabbath passou por tanta modificação que chegou ao ponto que conhecemos hoje como Halloween. Cada costume que é vivenciado atualmente nessa data vem do antigo sabbath celta.

Sabbath de Beltane

O maior significado que esse sabbat carrega é o momento em que o Deus se une á Deusa, e despeja nela suas sementes. Talvez seja esse significado que torne Beltane um momento de fecundação, de união do masculino com o feminino. Apesar de parecer algo sexual, os nossos ancestrais pediam pela fecundação das próprias terras também.

Esse teor erótico é carregado em um dos símbolos principais do sabbat: maypole. Basicamente, se trata de um mastro adornado com fitas coloridas, que em meio á celebração são entrelaçadas no mastro. Alguns bruxos falam tal procissão é uma analogia ao momento em que a Deusa e o Deus se unem, já autores bruxos dizem se tratar de um símbolo do espirito da vegetação, que retorna á vida com a aproximação do verão. De qualquer forma, o maypole envolve uma dança circular, em espiral, onde os dançarinos fazem zigue-zague para trançar as fitas em volta do mastro.

Contudo, há outro aspecto do beltane que é visto em culturas pagãs em toda a história: a fogueira. O significado da palavra Beltane na cultura celta se dá ao “fogo de Bel”, que em algumas línguas significa meramente “Senhor”. As fogueiras eram acessas para celebrar o retorno do calor após o fim do inverno, e para trazer boa sorte para as pessoas. Elas eram acessas em topos de colinas, buscando a prevenção e/ou cura de doenças. Com a fogueira acessa, a festa dá início. Comida, bebida e muita dança eram praticadas pelos pagãos antigos.

Nos livros iremos encontrar relatos de que parte dos costumes envolve pular a fogueira, para atrair fertilidade, bons casamentos, boas plantações, etc. Inclusive, as pessoas passavam com o gado entre suas fogueiras, para que eles fossem purificados, e que tivessem uma ótima ordenha.

Sabbath de Imbolc

O significado da palavra Imbolc é “na barriga”. Outro nome que o sabbat carrega é Oimelc (que pode ser pronunciado como imele), que significa “leite de ovelha”. Podemos ver aí uma ligação entre as duas nomenclaturas, o que caracteriza o festival voltado para a gestação, parto e a lactação (ou amamentação).

Perceba que no sabbat anterior comemoramos o nascimento da Criança Prometida, aquela que trará o sol de volta para as nossas vidas. Assim como toda criança, há um momento de mãe e filho que é a amamentação. O que mais é interessante aqui, envolve a questão de que nessa época as cabras, ovelhas, vacas e outros animais tem maior lactação. Olha a natureza e a crença andando lado a lado por aqui.

A Deusa retorna para o seu aspecto donzela, e continua com os cuidados ao seu filho para que ele cresça forte e cumpra com o seu destino.

Essa ligação com a amamentação e crescimento é forte nesse sabbat. Olhando da perspectiva real, o leite materno é o primeiro alimento que a criança tem para poder crescer. Nesse leite se encontram proteínas, vitaminas e demais benefícios para a criança. Por exemplo: é esperado que o peso ideal de um recém-nascido seja por volta dos 3kg. Após o nascimento, ele perde esse peso, e é através da amamentação que ele irá ganhar o peso ideal.

Então, não somente temos um sabbat que fala da importância do leite para o crescimento de uma pessoa, como também a natureza demonstra que esse é o momento que até os animais mamíferos estão produzindo mais leite. Veja só que sincronia, e a importância que carrega esse momento.

Até mesmo o “na barriga” tem essa relação com a nutrição e desenvolvimento, pois dentro da barriga da mãe o bebê está sendo nutrido para que fique saudável até estar pronto para nascer. 

Sabbath de Lammas (Lughnassadh)

 Lughnasadh é o primeiro festival, dentre três, que celebram a colheita. O seu nome vem como uma homenagem ao deus solar celta, Lugh, que também era conhecido por ser consorte de Dana. O motivo de esse deus ser celebrado se dá por sua morte durante a colheita dos grãos, sendo enterrado no plantio para que renascesse na próxima colheita. Dizem que Lugh era o maior guerreira celta, por ter derrotados os Gigantes que exigiam sacrifícios humanos.

Outra simbologia que o sabbat trás é similar ao conto celta. O Deus que perde sua força, e a Deusa o observa com tristeza e regozijo pois mesmo ele estando á morrer, em seu ventre o Deus cresce para vir a ser seu filho.

Apesar de parecer algo bem sombrio por estarmos falando da morte de um deus, o festival representa alegria, pois o deus há de renascer no Yule.

Já o outro nome que esse sabbath tem, que é Lammas, tem o significado anglo-saxão de “Missa do pão”. Alguns bruxos falam que tal nome representa o “Rei dos grãos”.

۞ A diferença da Roda do Ano nos Hemisférios

Existem até três tipos de roda do ano, a do hemisfério norte, do hemisfério sul e a mista. O motivo de haver esses tipos é por conta da diferença climática que temos, no caso ele muda apenas os sabbats. Sim, afinal de contas quando nós, do hemisfério sul, estamos no inverno, as pessoas do hemisfério norte estão no verão.

Ou seja, estamos em constante oposição climática. Porém, algumas das comemorações que temos atualmente advém de sabbats, como o Samhain e o Ostara, que são popularmente conhecidos como Halloween e Páscoa.

E é isso que deixa dúvidas nas pessoas. Alguns bruxos se sentem incomodados com o fato de popularmente todo mundo estar conectado em uma mesma energia, e a roda do ano apontar para outra comemoração.

Usarei o Saimhain como exemplo. Esse sabbath é comemorado no dia 1º de maio aqui no HS (hemisfério sul), enquanto que no HN é no dia 31 de outubro. Por ser uma data que muitos países comemoram, e até mesmo haverem pessoas não pagãs comemorando, alguns bruxos se sentem “indo contra a correnteza”.

Alguns autores, como a Mirella Faur, defendem que seguir a roda do ano do HN permite que todos os bruxos entrem em sincronia de energia. Porém, há quem diga que isso não faz sentido algum.

Outros bruxos preferem seguir a roda do ano do HS para seguir o calendário que a natureza proporciona. Alguns autores, como Millenium, fala sobre se comemorar o solstício de verão quando, de fato, houver o solstício de verão em minha volta. Os bruxos defendem que a roda do ano é para se conectar com a natureza, e por isso devemos seguir o calendário da região em que vivemos.

Nesse caso, não se comemora a Páscoa no início do ano, mas sim o Ostara em 21 de setembro. Algumas pessoas dizem até que a páscoa passa a ser uma data mais comercial, voltada para os ovos de chocolates, doces em geral. Assim, eles tiram todo o significado original da páscoa, e deixa para comemorar em Ostara.

Já a roda do ano mista envolve em mistura de ambos os calendários. Nesse caso os sabbats menores, que são os solstícios e equinócios (passagens das estações) se mantém no sul, e os sabbaths maiores, como o Saimhain, são seguidos os do norte. 

۞ Conclusão

  Para você que é inciante, assim como eu, deixo aqui uma dica. Leia os autores, entenda a compreensão do que seria cada Sabbat e veja como ele será aplicado em sua vida. Se você é uma pessoa que leva em consideração as datas nacionais/mundial como halloween, natal, páscoa, finados, etc. então provavelmente se sentirá mais á vontade em seguir a roda do ano HN.

    Veja quais os significados que você carrega acerca das comemorações, perceba como se sente seguindo a roda. Faça aquilo que lhe deixa confortável, reflita sobre, se perceba. Apenas o faça estando confortável para se conectar com a natureza.

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4 Comments

  1. Olá, mana! Uma dúvida: “No calendário cristão, o sabbat de Litha fora substituído pela data de São João.” Não é um sabbat de verão? São João, aqui no Brasil, é no inverno. Ou essas datas são marcadas baseadas nos países ao norte? Quanto ao natal, eu entendi, porque é toda uma cultura de outros países, mas quando você relacionou ao dia de São João, me confundi.
    Devo dizer que teu site está muito bem organizado! Sou mestranda da UERJ e minha pesquisa é sobre o neo-paganismo. Você poderia me conceder uma entrevista?

    1. Olá Telma! Essas datas foram baseadas no Hemisfério Norte, pois fora lá que o cristianismo surgiu. Basicamente eles mudaram a celebração buscando manter as datas originais para realizar a conversão religiosa. Sendo assim, por mais que a festa de São João ocorra no inverno para nós do Hemisfério Sul, ela advém de uma celebração do verão. Muitos feriados que temos hoje em dia não foram convertidos de acordo com as estações das quais os países do Hemisfério Sul passam, eles seguem as estações do Hemisfério Norte. É o caso também de Ostara que celebra o início da primavera, que foi cristianizado para Páscoa e nós celebramos no outono.

      Gratidão por ter gostado do site, fico a disposição para tirar dúvidas, pode me mandar um email ou me mandar um direct no instagram que irei lhe auxiliar no que for preciso.

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