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Produtividade: ser ou não ser, eis a questão

produtividade

Vivemos em um era moderna onde o foco das pessoas é a produtividade. Todo mundo busca encontrar uma rotina que lhe traga o benefício da produção saudável. Mas até que ponto devemos levá-la em tamanha consideração?

Aqui no blog eu tenho uma categoria voltada para a produtividade. Eu sei que chega a ser repetitivo, porém o interessante é aprendermos sobre ela e adaptá-la para a nossa realidade. Afinal de contas, a rotina de trabalho é diferente para cada um.

Mas o ponto que eu queria chegar é, será que não estamos vivendo algo tão alienado?

Sempre buscamos ser produtivos, porém estamos esquecendo de outros pontos que são importantes para nós. E é isso o que iremos discutir no post de hoje.

O que devemos entender sobre a produtividade

Se quebrarmos a palavra ao meio encontramos, produto e atividade. A atividade que gera um produto. Ou seja, soma de ações que geram um resultado.

Comumente, quando falamos que desejamos ser produtivos é porque queremos chegar á um ponto. Usarei a minha pessoa como exemplo, sendo escritora. Quando estou em nanowrimo, o meu objetivo á ser atingido é ter a primeira versão do meu livro pronto.

Para chegar a esse produto (primeira versão), eu preciso planejar, pesquisar e escrever. Essas três etapas evocam as atividades, as ações que irei realizar para chegar a esse produto final.

Só que na produção de um livro, a primeira versão é apenas o primeiro passo de toda uma jornada para chegar até a versão final, que será vendida. O que gera em mais uma onda de ações para aproximar do objetivo.

Então quando falamos de produtividade, estamos nos referindo á cada ação que realizamos para gerar, garantir, obter um resultado que é o produto.

Os males da produtividade excessiva

Estava vendo uma palestra sobre mitos, e a palestrante comentou sobre os pensamentos de medusa. São pensamentos que nos petrificam, que nos impedem de avançar na vida.

Um dos pensamentos envolvia a produtividade.

Na atualidade temos um cenário bem caótico, que se não dermos acima de 100% de nós mesmos em nossos trabalhos, nada é recompensador. Geramos o sentimento de culpa, fracasso e preguiça quando produzimos apenas o mínimo, ou abaixo dele.

Se eu não produzir, estou sendo “vagabundo”, “improdutivo”, “inútil”.

Para evitar esse tipo de pensamento, acabamos por gerar uma necessidade sedenta de produção. Enchendo as agendas de compromissos, buscando o estresse na jornada do trabalho. O que por sinal seria outro pensamento de medusa, se eu não me estressar, não vale a pena.

Quando menos esperado, estamos conversando com clientes pelo celular, enquanto estou junto da família na mesa de jantar.

Aglutinação do trabalho e vida pessoal

Esse seria o primeiro male que o excesso de produtividade gera em nossa vida.

Nesse ano de 2020, muitas pessoas iniciaram o home office. É algo legal, trabalhar de casa, onde posso ficar confortável, não tenho que lidar com trânsito, e horário.

Só que se não nos atentarmos, chega um momento que o trabalho invade o espaço da casa. O que era para ser um ambiente de relaxamento e segurança, se torna um ambiente estressor. Tudo porque não determino o que é pessoal e o que é profissional.

A nova rotina gira em torno de: acordar com clientes ligando, pular refeições para terminar uma tarefa, passar o dia todo com o telefone pendurado na orelha, depois de encerrar o dia ainda ter que lidar com algum cliente, e dormir pensando nos problemas do trabalho.

Conseguem perceber que a pessoa não consegue se desligar do trabalho? E para essa pessoa, haverá dias que resolveu tanta coisa, mas que ainda vai dizer “não produzi nada o dia todo”.

Levando em consideração que ela sacrificou toda a sua vida pessoal para trabalhar, mas ainda não foi o suficiente para matar a sede de produtividade.

Falta de cuidado da saúde física e mental

Acha mesmo que esse estilo de vida moldado pela produtividade não causa danos em sua vida? Está enganado.

Basta você se perguntar, se a pessoa está vivendo no trabalho, buscando resolver problemas e tentando avançar na sua produção de atividades, em que momento da vida ela tirará um tempo para cuidar de si mesma?

Não tira. É perda de tempo.

Tempo é precioso, pois nesse momento a pessoa vê que cuidar de si mesmo é improdutivo.

Ir ao médico, fazer terapia, atividades físicas, cuidar de si como um todo é coisa pra desocupado que tem dinheiro sobrando na conta. Não para os verdadeiros trabalhadores.

Todo mundo tem conta para pagar. O que a maioria das pessoas usam como justificativas para continuarem nessa alienação sem fim.

E aí vem as doenças mentais como a síndrome de burnout. Queimando de dentro para fora, por conta do estresse excessivo no trabalho.

Vai culpar quem agora?

O mundo, é óbvio.

O pensamento de improdutividade

Pare e pense um pouco: quem foi que determinou que o mínimo é pouco?

Você mesmo.

Ninguém te obriga a pensar dessa maneira, principalmente nós do século XXI, em era moderna, onde temos informações pipocando para todo lado. Tudo é debatido em nossa era, inclusive sobre as doenças como depressão.

Ou seja, hoje em dia não há quem diga que é lei do trabalho ser produtivo o tempo todo. As pessoas estão restaurando a humanização ao dizer “está tudo bem em não estar bem”.

Por que a improdutividade te incomoda tanto? Aliás, já parou para pensar que cada um dá um significado bem pessoal para essa palavra? O que é produtivo para mim, não é para você.

Ah, não mesmo.

Sabe o que vem em conjunto á esse tipo de pensamento? Julgamento.

Se eu vejo uma pessoa fazendo nada naquele momento, eu a julgo como inútil e improdutiva. Adquiro uma impressão ruim de que a pessoa é preguiçosa. Mesmo que eu não saiba o que ela faz o dia todo, mas naquele curto momento foi o suficiente para estabelecer um pré-julgamento.

Por isso que as relações se tornam estressantes hoje em dia.

A produtividade é para quem?

Sabe aquelas dicas de produtividade que vemos por aí? Inclusive, por aqui? São para as pessoas que seguem o oposto.

Não pense que todas as pessoas são mega produtivas, pois não são. Eu mesma não sou. Se deixar, passo o dia inteiro vendo anime. A preguiça reina.

Então para as pessoas que não tem tanta energia e vontade para serem produtivas, é necessário aprender sobre a produtividade de uma maneira confortável. Não adianta chegar para essas pessoas e dizer um checklist que irá durar o dia inteiro, pois chegará um momento em que ela desistirá.

Essas pessoas costumam perder energia com muita facilidade, principalmente nas primeiras atividades á serem cumpridas. Sendo assim, é ensinado a começar devagar para garantir o hábito.

Porém, devemos cuidar para que elas não passem para o excessivo.

Ou seja, a produtividade é para quem? É para todos que desejam estabelecer um equilibrio.

Não ser de menos, e nem demais.


Leia também: 5 maneiras de se motivar no trabalho | A falta de organização pode atrapalhar


O equilíbrio da vida

Devemos agradecer pelos pequenos passos que damos em nossos dias. Elas fazem imensa diferença, pois é melhor do que a inércia. Agradeça por ter atendido o seu cliente, ajudado ele a resolver um problema.

Aproveite as pausas com sabedoria. Quando for fazer as refeições, deixe o celular em outro cômodo e converse com as pessoas sobre sua série favorita. Se desligue, pois assim você está dando um descanso para todo o seu corpo da tensão que o trabalho gera.

Dedicar tempo para se cuidar é essencial também. Nenhuma outra pessoa irá fazer isso por você. Não há pessoas que irão segurar sua mão e te levar para o parque, para que vá fazer uma caminhada. Isso é responsabilidade sua.

Adquirindo esses bons hábitos que te desligam do trabalho e produtividade excessiva trás benefícios. Uma coisa impacta na outra, sempre, vivemos em constante efeito dominó.

Os hábitos saudáveis geram uma pessoa mais feliz consigo mesma. Estando em constante respeito pela sua humanidade (que é algo geralmente esquecido), nos tornamos conscientes de outras variáveis da vida.

Por isso que é dito para respirar fundo em meio ao caos. Para ver a situação com clareza e não agir com impulsividade.

Conclusão

O post de hoje foi mais reflexivo, para avaliarmos nossas rotinas e enxergar a produtividade como algo controlável.

Posso ser produtiva ao mesmo tempo que almoço com amigos e família, que cuido de mim mesma. Posso ser produtiva ao passar o dia todo lidando com problemas dos meus clientes, ajudando eles o possível.

Tudo isso gera conhecimento e experiências que devem ser levados em consideração.

Deixarei aqui embaixo um vídeo da palestra que foi citada anteriormente. Recomendo que o veja e reflita bem sobre quais são os seus pensamentos alá medusa.

Links externos

Sobre a Medusa e Prometeu – Como viver o mito

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