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Personagem mágico: como criar o seu

personagem mágico

Hoje irei mostrar para vocês um pequeno passo á passo que sigo na hora de criar um personagem mágico. Pode parecer fácil, mas essas dicas podem nos salvar de um bloqueio criativo, não é mesmo?

Se você, autor, deseja escrever uma história cujo gênero central seja a fantasia, venho te ajudar nos primeiros passos. Principalmente se você está escrevendo um livro pela primeira vez.

Todo escritor de fantasia gostaria de chegar ao patamar de Harry Potter ou Senhor dos Anéis, onde os elementos da fantasia são carregados de simbolismos e ligados á história da humanidade.

Entretanto, vamos seguir essa jornada com calma. Vamos começar pelo básico.

Nome dos personagens mágicos

Começarei pelo mais fácil.

Quando se trata de personagens mágicos, alguns autores buscam por um nome único. Isso porque o impacto pode ser grande no leitor, além de alguns nomes serem carregados de uma cultura que aparece no livro.

Entretanto devemos tomar cuidado ao escolher um nome, pois os leitores podem ter dificuldade de pronunciá-los.

Para criar esses nomes, recomendo o uso de sites que são geradores de nomes de fantasia ou de RPG (deixarei o link ao final do post). Esses sites costumam ter várias opções de nomes, desde humanos até de demônios.

Além disso, a cultura nerd é bem rica de informações sobre espécies. Sendo assim, o nome escolhido já tem essa ligação tão essencial.

Espécie do personagem mágico

Por incrível que pareça, temos o hábito de pensarmos dentro da caixinha, inclusive ao criar uma criatura mágica. Pegamos criaturas que já são conhecida no mundo literário fictício.

Tudo bem por um lado, afinal temos a segurança de que o leitor já esteja familiarizado com a espécie. E a falta da segurança em apresentar uma espécie nova pode nos impedir de inovarmos.

Uma vez mais irei recomendar os sites de RPG, pois eles contém descrições das criaturas. O ideal é criar algo novo, ou pegar uma existente e fazer algumas mudanças para renová-la.

Escolhendo uma espécie, descreva seus aspectos físicos do personagem. Por exemplo: um meio humano e meio robô, orelhas de porco, asas no lugar dos braços, olhos diferentes, uso de máscaras para esconder alguma deficiência.

Se o objetivo é criar algo humanoide, então explore as misturas de raças.

Personagem mágico

Algumas pessoas tem facilidade em criar alguma mágica na cena de ação. Se esse não é o seu caso, não tem problema. Enquanto escrevia “O trono de Ereghast”, senti a necessidade de que o personagem tivesse algo além dos poderes mágico, algo que combinasse com sua personalidade. Entretanto, que tivesse ligação com a história familiar dos personagens.

Por isso entrei em um wiki que fala de superpoderes e magia. Lá, os fãs de animes e HQ’s descrevem o nome do poder/magia, explicam como funciona e quais habilidade que tal poder trás ao usuário.

O que mais chamou minha atenção foi que todos os poderes tem um porém. Uma fraqueza.

Por mais magnífico que sejam os poderes, ela irá falhar contra algum outro poder. E isso é essencial, pois ajuda o personagem á se desenvolver magicamente dentro da história.

A magia é apenas uma ferramenta

No post sobre o Magic System, expliquei que um personagem com poderes mágico o usará apenas como uma ferramenta. Pois resolver toda a história com sua magia, fará com que não tenha uma história á ser contada.

Para quem não entendeu, explicarei resumidamente. O objetivo da história é o desenvolvimento do protagonista, diante de um problema. Se ele faz uso da magia e resolve o problema com facilidade, que emoção isso causará ao leitor?

Temos de tomar cuidado com isso.

A magia pode ser usada como ferramenta para o protagonista conquistar o final desejado. Não que ela seja a saída.

Porém, há aqueles escritores que farão o desenvolvimento do personagem voltado para o ensinamento que a magia proporciona. Ele irá aprender a lidar com o poder para usá-lo lá no final.

Independente do caminho que escolher, a magia e o poder são apenas ferramentas.


Leia também: Magic System | Jornada do herói: técnica da escrita cíclica


Crie um mundo e uma cultura para o protagonista

Uma das coisas que a maioria dos escritores ficam focados envolve a construção de uma cidade fictícia. Nela tem de se falar sobre economia, política, etc.

Entretanto alguns esquecem de um fator extremamente importante: a criação da cultura. A cultura social contribui para a formação de personalidade de uma pessoa. É só você perceber a diferença na linguagem de nosso país. Falamos a mesma língua, mas cada região (estado) tem suas gírias e dizeres.

A famigerada briga da bolacha vs biscoito, ou então da salsicha vs vina.

No entanto, a cultura não fica limitada somente á linguagem. Crie festivais, torneios, feiras que se tornem parte do calendário daquele povo. Desfiles de modas, feriados que unem os povos, que os obrigam á viajar… cerimônias de maioridade, rituais realizados quando alguém morre, etc.

Explore tudo isso, e você irá criar uma cultura. Nessa cultura, conseguirá o mínimo para criar uma personalidade para o seu personagem. Por mais que deseje um protagonista diferente e que receba destaque, ele sempre carregará a sua cultura consigo.

Isso existe em nossa realidade. Somos diferentes uns dos outros, mas carregamos a nossa cultura. Você pode odiar futebol, mas sabe minimamente sobre o jogo. Pode detestar várias comidas, mas ao viajar para o exterior, irá preferir a comida de casa.

A cultura se encontra nos mínimos detalhes.

Como aplicar a magia na cultura

Deixarei algumas ideias jogadas aqui, para você entender a questão dos mínimos detalhes.

O que acontece quando uma criança não desenvolve magia ou poder? Existem batalhas de poderes e magia para que tenha um novo líder?

A arte poderia ser uma via de mostrar a magia?

Até que ponto a magia é essencial para a vida dos personagens? E qual seria a sua finalidade? De onde veio? Como a sociedade usa a magia, para ajudá-los no dia a dia?

São perguntas como essas que você pode pensar em algo simples, mas inovador ao mesmo tempo. Por exemplo, no anime Boku no hero, o protagonista nasceu sem nenhum poder e foi alvo de brincadeiras maldosas por parte de seus colegas. É uma cultura onde as pessoas sequer imaginam como é ficar sem poderes.

Caso você não saiba explorar a cultura mágica, recomendo que assista alguns animes. Eu sei, vai achar mega estranho, mas eles podem ser inspiradores. Um outro que recomendo é o Majikyun, que faz uso da magia na expressão da arte. Ela surge como algo belo e precioso, que precisa ser admirado á ponto de existir escola que ensina os alunos á liberarem sua magia em cada modalidade da arte.

Conclusão

Quando criamos um personagem mágico, devemos ser cuidadosos. Afinal, muitos autores já contribuíram com informações sobre o mundo mágico. Então algumas coisas existem regras á serem seguidas.

Você pode ter um leitor que seja experiente em quadrinhos e mangás, e que irá analisar sua história de cabo á rabo buscando uma coerência com o que ele já sabe.

Exatamente por esse motivo que deixarei os links dos sites que podem ser de ajuda. Estudar os poderes e magias podem tornar as cenas de ação mais trabalhadas e intensas.

E lembre-se: permita-se criar! Faça a sua versão. Nunca se sabe o que pode sair de sua imaginação. Isso é explorar a criatividade.

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