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Boku no Hero Academia – primeira análise

Boku no hero academia primeira análise

Se você gosta de história sobre super heróis em um universo onde 80% da população detém algum super poder, então o anime Boku no Hero Academia é para você. Venha conhecer a trajetória de Midoryia em se tornar o símbolo da paz no Japão.

Finalmente trouxe mais um anime para analisar o seu enredo. E dessa vez eu demorei um pouco mais, pois pela primeira vez senti a necessidade de ler o mangá também. Acredite, isso só tinha acontecido com Pandora Hearts e D. Gray Man.

No post de hoje quero falar um pouco mais sobre esse enredo tão detalhado e cheio de ação que é o anime Boku no Hero Academia. Inclusive, quero abordar alguns temas que muitos fãs se atentam, principalmente na hora de escrever fanfics.

Vale lembrar que esse post contém spoilers, por isso se você não gosta de spoilers, não leia esse post.

Vamos lá?

Sinopse de Boku no Hero Academia

Em um mundo onde (quase) todas as pessoas possuem superpoderes, o tímido estudante Izuku Midoriya teve a infelicidade de nascer sem nenhum dom especial. Grande fã do sorridente All Might, o herói máximo desse mundo, Deku, como é chamado pelos colegas, sofre com a frustração de saber que jamais terá uma individualidade especial para que possa se tornar, assim como seu grande ídolo, em um defensor dos fracos e oprimidos.

Mesmo achincalhado por seus amigos de escola, como o arrogante Katsuki, o garoto nunca abandonou o herói existente dentro de si. Gentil e generoso, ele está sempre pronto a ajudar quem precisa.

Porém, um inesperado encontro irá mudar o destino de Deku. Destino esse que o levará a ingressar no tão sonhado colégio U.A., instituição para onde todos os futuros grandes heróis vão estudar e treinar. A partir daí, as cortinas de uma fantástica aventura repleta de personagens cativantes e temerosos vilões se abrem para o jovem Midoriya!!

(Sinopse retirada do site Editora JBC)

O protagonista motivado: conhecendo Midoryia

Como é esperado de todo anime shounen, o protagonista é motivado a jamais desistir de seus sonhos. Nesse aspecto ele se assemelha ao Asta, do anime Black Clover. Afinal, ambos nascem sem qualquer superpoder mágico, os deixando na margem da anormalidade cultural. Além disso, os dois tem uma figura onipotente da qual desejam se tornarem. Em BC tem o rei mago, Julius e em BNHA temos All Might.

Uma característica muito interessante de Midoryia é a sua “nerdisse”. Completamente fã de super heróis, o garoto realiza anotações com análise de super poderes das pessoas que ele conhece. E quando digo análise, podem apostar que se trata de algo completo e profundo. Se algum vilão colocasse as mãos nessas análises, seria o fim dos heróis.

Acredito que Midoryia faça análise das individualidades (como são chamados os super poderes nesse universo) como uma forma de aprender a identificar qualquer sinal de aparição de uma individualidade nele mesmo. Já que as individualidades aparecem até os quatro anos de idade, e a história de Midoryia se inicia com ele tendo 14 anos.

Ou seja, ele passou dez anos de sua vida sem nenhum sinal de uma individualidade, além de ter recebido um diagnóstico de que ele jamais poderia ter uma naturalmente.

O fato de ele não ter uma individualidade torna a vida de Midoryia bem difícil, afinal é bastante incomum alguém não ter um poder. Difícil o suficiente para ele sofrer bullying de seu “amigo” de infância, Katsuki Bakugo. Inclusive, Katsuki chega a apelidar Midoryia de Deku, que seria algo como “inútil”.

Mesmo tendo uma vida escolar bem complicada, o garoto não desiste do seu sonho em se tornar um herói como All Might. Este que seria o símbolo da paz.

Conhecendo o símbolo da paz

Mesmo Midoryia sendo alguém fraco, ele é o que tem mais coragem. Quando Bakugou é feito de refém por um vilão, mesmo tendo heróis profissionais por perto para ajudar, quem corre para salvar é Midoryia. Aquele que não tem individualidade, cujo corpo se move sozinho para salvar vidas.

Quem estava assistindo o ato impensado do jovem era All Might, que encontra ali alguém digno para ser o seu discípulo. Até aquele momento, o nosso protagonista estava cabisbaixo por sentir que não existiria um lugar naquele mundo para alguém como ele. Só que isso muda quando All Might diz para “sim, você pode se tornar um herói, mesmo sem ter individualidade”. Contrariando o que disse momentos antes… quem viu o anime sabe à que cena me refiro.

A partir do momento que Midoryia conhece pessoalmente All Might, ele treina o seu corpo para receber sua individualidade. Com isso percebemos que o nosso protagonista deixa de ser chorão e covarde, passando a ser mais confiante e amadurecendo. Depois de entrar na U.A então, essa mudança fica bem nítida.

Veja só como o símbolo da paz pode mudar a vida das pessoas, não é mesmo?

All Might e o seu símbolo

Quando falamos em símbolo, devemos sempre nos lembrar que se trata de algo representativo, algo que não se consegue explicar por si só. Quando vemos a imagem de um coração, logo o ligamos ao amor, romance ou ao próprio órgão. O símbolo vem para se comunicar.

All Might é um super herói cuja força é estarrecedora, sendo que dificilmente ele perde uma luta (pelo menos, não vi ele comentar que já perdeu alguma luta). Além de sua força física, ele sempre aparece sorrindo, o que se tornou a sua marca pessoal.

Para aqueles que são vítimas de vilões, que vivenciam o medo em perder suas vidas, receber o sorriso de um super herói é acalentador. Acalma as vítimas esse sorriso, dizer que está tudo bem, e então ser salvo pelo herói.

Sendo assim, é compreensível que All Might se torne o símbolo da paz.

Enquanto está na ativa, a taxa de criminalidade no Japão diminuiu drasticamente. Ele queria ser um símbolo e se tornou, por anos. Porém, é chegada a hora de passar o seu posto para frente. E isso não é uma tarefa fácil, já que muitos heróis não tem sua força física e psicológica para lidar com quaisquer vilão, situação e desastres.

Por ser o herói número um, All Might se torna uma espécie de Capitão América do Japão. Ele tem vários fãs, dentre eles um jovem garoto de quatorze anos que não tem individualidade.

O segredo por trás do poder: All for one e One for All

Não irei entrar em detalhes sobre esse poder, pois ainda há muita informação que não foi dita no mangá. Mas irei situá-los de como começou essa história toda.

Um pouco mais de 100 antes da história de Midoryia e All Might, houve um homem que nasceu com uma individualidade bem peculiar, a de manipular as individualidades alheias. Ele conseguia pegar o poder de uma pessoa e passar para outra. Ou então, de conservar esse poder no próprio corpo. E acreditem, ele poderia manter várias individualidades em seu corpo.

Essa pessoa foi denominada de All for One (todos por um), ou seja, vários poderes em uma única pessoa. Vários poderes externos em um corpo. Nenhum dos poderes nasceu com ele. Ok?

Ele tinha um irmão mais novo que nasceu sem uma individualidade e tinha o corpo fraco, e resolveu dar ao querido irmão uma individualidade. Porém, ambos discutiam bastante, pois All For One passa a se tornar um vilão e a manipular as pessoas que buscavam sua ajuda. O irmão caçula não gostava disso, e tentou enfrentar AFO.

Acontece que ele não tinha poder suficiente para isso, e a individualidade que AFO o deu tinha a peculiaridade de poder ser passada para outra pessoa e acumular poder. Foi isso que o irmão fez, passou a sua individualidade para uma segunda pessoa.

Tal poder é denominado de One For All (Um por todos), poder esse que passou por sete gerações até chegar em All Might. Um por todos, um único poder que passou por várias mãos, fortalecendo seus poderes.

AFO conseguiu superar a vida humana, estando vivo até os tempos atuais do mangá, e chegou a lutar contra All Migt. Porém essa luta não trouxe um vencedor, e ambos saíram bem feridos. Sabendo que não durará muito tempo, já enxergando a porta da morte, All Might sai em busca de um discípulo para transferir o OFA.

Quem será que ele escolheu?

Boku no Hero Academia

Traduzindo seria “minha academia de herói”, trata-se da escola de heróis U.A, onde Midoryia passa a estudar assim que recebe a individualidade OFA de All Might. Nessa escola, os jovens recebem as matérias comuns, mas também treinam para se tornarem grandes heróis. E ainda quem dá aula para eles são os próprios heróis.

Isso quer dizer que eles irão explorar a individualidade, simular situações de desastres naturais, aprender a analisar a situação em um ataque de vilão, realizar estágios com super heróis, etc.

O mangá trabalha com a turma 1-A, que é onde nosso protagonista se encontra. Ele faz amizades com pessoas diferentes, tendo uma vida colegial bem diferente do que era acostumado. E o fato de Midoryia ser alguém tão motivado a conseguir seu sonho, treinando sempre seu corpo e ficando cada vez mais forte, é claro que seus colegas de classe também passam a dar o seu melhor.

Sendo assim, iremos conhecer histórias por trás de alguns personagens que fazem parte do círculo de amigos de Midoryia. Quando vemos o anime, não conseguimos não se sentir parte daquela turma, pois eles vivem sempre juntos e se superando.

Contudo, essa turma que está em seu primeiro ano passa a vivenciar situações perigosas que nenhum adolescente pode ter vivenciado. Devido ao All Might ter se tornado professor da U.A, a escola se torna alvo de ataque dos vilões. E justamente a turma 1-A também se torna alvo.

O enredo por trás das individualidades

Uma característica interessante é a forma como autor criou as individualidades de seus personagens. Mas uma coisa que quero elucidar é a visão que você (que não viu o anime) deve imaginar desse anime. Quando digo super poderes quero que imagine algo mais material e real, e menos mágico e mitológico. Digamos que seria algo próximo ao universo da Marvel.

O que mais me chamou a atenção é que as individualidades sempre estão coerentes com os personagens, sejam suas personalidades, suas características físicas. O corpo se adapta para aquela individualidade.

Alguns humanos chegam a ser híbridos, como o caso de Tsuyu Asui, que tem o corpo muito semelhante a um sapo. E todas as suas habilidades giram em torno da fisiologia do anfíbio. Então o corpo humano, com o passar dos séculos após o surgimento desses super poderes, passou por mutações a ponto de ter híbridos.

Temos até Mina, que parece uma alienígena.

Mas o que eu quero dizer é que temos personagens com um determinado poder, e podemos perceber que as características desse poder são representados em características físicas e traços de personalidade dos personagens. Isso os tornam únicos, e muito interessante.



Passando pano para Katsuki Bakugou?

Outro ponto de discussão envolve o personagem Katsuki Bakugou, amigo de infância de Midoryia.

Ambos se conhecem desde o jardim de infância, e eles eram bem próximos até que ao completar quatro anos, Katsuki descobre a sua individualidade. Seu poder é a explosão, onde seu corpo produz nitroglicerina no suor, e assim ele é capaz de criar explosões com suas mãos.

Uma vez que sua individualidade passa a ser considerada forte, Bakugou é paparicado por todos em sua volta. Sempre falam que ele é forte. Isso faz com que seu ego cresça a ponto de torná-lo arrogante em excesso.

Principalmente em relação ao Midoryia.

Se ele era forte o suficiente, Midoryia era um Deku (inútil), que deveria ficar na sua sombra sempre, pois era fraco demais para lutar. Toda vez que Midoryia falava alguma coisa sobre seu sonho em ser herói, Bagukou explodia, o xingava e mandava desistir do sonho, pois seria impossível.

Depois de uma certa idade, Bakugou passa a fazer bullying com Midoryia. Inclusive há uma frase que ele diz, e gente… foi pesado. “Pule de um prédio e tire sua vida, quem sabe na próxima vida você nasce com uma individualidade”.

Pesado, não? Ainda bem que Midoryia não segue essa ideia.

Personalidade explosiva

A personalidade explosiva de Katsuki Bakugou faz parte da identidade de sua individualidade. Ele tem cabelos arrepiados, olhar furioso, boca sempre arreganhada, voz alta e rouca como um rosnado, corpos um tanto quanto atlético para mostrar sua “força”.

Sua personalidade também carrega características explosivas, o uso constante de palavreados, se enfurece com facilidade, é arrogante, detesta perder, é ambicioso em derrotar All Might para se tornar o herói número um.

Tudo nele é demais, explosivo, excessivo. Como uma bomba.

Somando ao fato de que as pessoas em sua volta estão sempre “babando o ovo”, elogiando e massageando seu ego, é claro que temos aí um pré adolescente que não aceita aquilo que não é de bom e melhor. Por isso sua atitude em relação ao Midoryia, que seria o seu extremo oposto.

Até esse momento de sua história de vida, absolutamente ninguém bate de frente com ele.

Toda vez que ele se machucava, sempre mostrava um sorriso dizendo que estava bem pois é forte. Contudo, havia sempre um Midoryia ao seu lado, olhando preocupado e perguntando se havia se machucado.

Essa cena já diz muito. Bakugou estava andando com seus amigos em uma fila indiana sobre um tronco para atravessar um riacho. Ele escorra e cai no rio, e seus “amigos” ficam em cima do tronco o olhando preocupados. Bakugou logo ri e diz que tá bem. Mas ao seu lado, também no rio, estendendo a mão está Midoryia. Bakugou fica enfurecido.

O fato de Midoryia ter descido o tronco, pulado no rio e estender a mão o olhando preocupado, mesmo que ele fosse o mais fraco da turma, é como se tivesse no “mesmo nível” que Bakugou. Enquanto os demais permaneciam em seus lugares, o olhando de longe, como se Bakugou fosse inalcançável.

Estar inalcançável era o desejo de Bakugou, pois significaria que ele era mais forte que os outros. Mas o Deku estava lá, ao seu lado, pertinho o suficiente para ver sua fraqueza.

É claro que isso iria irritá-lo. Midoryia, aquele que não tem individualidade, era aquele que deveria ficar atrás de si por ser fraco. Mas ele insistia em querer andar ao lado de Bakugou. Seus atos de bullying podem ser vistos como uma grande tentativa de fazer com que as coisas fiquem em seus devidos lugares, mesmo que ele fosse odiado.

Isso até ele entrar na U.A

Se sentindo enganado

Quando Bakugou vê que Midoryia fez a prova para entrar na U.A (mesmo que o explosivo deixasse claro para não fazer), e ainda descobrir no primeiro dia de aula que ele tem uma individualidade, o explosivo já se sente enganado.

Conhece Midoryia por mais de dez anos, nunca o viu falar sobre individualidade. E agora tinha uma, e forte ainda por cima. Estaria Midoryia fazendo graça consigo?

Se Midoryia tivesse uma individualidade desde os quatro anos de idade, acredito que os dois garotos teriam desenvolvido uma amizade onde disputariam quem era o mais forte. Com frequência. Seria uma rivalidade positiva. Tipo a do Yuno e Asta em Black Clover.

Porém, não foi isso o que aconteceu. Uma vez que Bakugou se sente enganado e superado, ele rivaliza com Midoryia até descobrir de onde veio seu poder. E como é típico de homens antigos, a rivalidade positiva surgiu depois de saírem no soco.

A questão é que uma vez que Bakugou compreendeu a origem da individualidade de Deku, ele reconhece a força do mesmo. Uma vez que sua motivação tornou o garoto fraco em forte, é claro que os dois passam a se rivalizar para se tornarem grandes heróis.

Além de se deparar com Midoryia se tornando forte, Bakugou também percebe que existem outras pessoas da sua idade que também são fortes. E como os professores heróis estão ali para educá-los, as fraquezas de Bakugou são jogadas em sua cara.

Ele tem de engolir seu orgulho se quiser ficar forte. E é isso o que ele faz. Esse é o processo de amadurecimento de Bakugou, mesmo que seja bem lento e mascarado.

Não é passar pano, mas sim compreender o porquê de ele agir dessa maneira.

Midoryia poderia ser um vilão?

Esse é um questionamento da maior parte dos fãs da obra, e a ideia é maravilhosa. Imagina que na primeira conversa que o protagonista tivesse com All Might, onde fora desestímulado a ser herói (antes de salvar Bakugou), e tivesse entrado em uma depressão profunda a ponto de ter ideação suicida.

Os vilões colocariam o olho em Midoryia? Talvez, já que para eles qualquer um que passe a odiar os heróis seria um grande aliado.

Ao invés de Midoryia se tornar discípulo de All Might, ele se tornaria discípulo de All For One. E esse tipo de enredo deixa os fãs curiosos para saber como seria a reação de todos os personagens heroicos ao descobrir que o doce garoto é na verdade um vilão.

A mão da fanfic chega a tremer.

Acredito que tenha sido essa grande fantasia por parte dos fãs que motivou o autor a criar um arco em que Midoryia fica “perdido”. Coloquei entre aspas pois não é como se ele virasse um vilão, mas sua aparência é digna de um.

Depois da sociedade desacreditar nos heróis e os vilões dominarem as ruas, Midoryia deixa de ir para a escola para combater os vilões (já que ele está sendo caçado por All For One). Ele fica tão enraizado na sua preocupação de deixar os outros a salvo, e que a culpa é dele caso alguém se machuque, que o garoto chega a se afastar até mesmo de All Might.

Mas o que chama a atenção mesmo é sua aparência. Completamente enegrecida, como se vivesse na sombra. Com novas individualidades aparecendo em seu corpo e o peso de responsabilidades caindo em seus ombros. Mesmo que Midoryia não tenha se tornado um vilão, tivemos o vislumbre de como seria.

Esse arco do mangá é simplesmente sensacional, pois mostra o lado mais caótico que a sociedade pode vivenciar quando não existe mais um símbolo da paz.

Conclusão

Ufa, ainda teria mais informações, porém eu me contive. O enredo de Boku no Hero é muito interessante, principalmente se formos nos atentar aos personagens e suas individualidades. Além do impacto que elas tem dentro da sociedade.

Ser herói nem sempre é algo bom, e vemos como isso pode transformar uma pessoa em vilã. A história dos vilões também é muito interessante de acompanhar. Principalmente a de Tomura.

Infelizmente ainda não posso fomentar mais teorias simbólicas de Boku no Hero, pois eu vou precisar saber de mais coisas (ou saber o final dessa história). O enredo em si é bem simples, sem muitos pontos de viradas, o que torna bem fácil de acompanhar todo o anime e mangá.

Recomendo que assistam ao anime para se divertirem, para se apaixonarem e torcer pelos personagens.

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