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Quarteto Smythe-Smith – Julia Quinn

Quarteto smythe-smith

Na recomendação de leitura de hoje, iremos dar continuidade as obras da autora Julia Quinn. No post anterior, falei sobre a série de livros “Os Bridgertons” e agora irei falar de um quarteto que acontece ao mesmo tempo que os Bridgertons.

  Cada livro irá contar a história romântica das primas Smythe-Smith. Sim, aquela família que os Bridgertons costumam assistir os terríveis recitais. Aqui conheceremos o motivo de ter tal recital e como que as atuais primas vêem o evento, torcendo para que chegue o momento em que se casem para sair do recital.


Primeiro livro – Simplesmente o paraíso


⋆⋅⋅⋅⊱∘──────∘⊰⋅⋅⋅⋆Sinopse: Honoria Smythe-Smith sabe que, para ser uma violinista ruim, ainda precisa melhorar muito…

  Mesmo assim, nunca deixaria de se apresentar no concerto anual das Smythe-Smiths, Ela adora ensaiar com as três primas para manter essa tradição que já dura quase duas décadas entre as jovens solteiras da família. Além disso, de nada adiantaria se lamentar, então Honoria coloca um sorriso no rosto e se exibe no recital mais desafinado da Inglaterra, na esperança de que algum belo cavalheiro na plateia esteja em busca de uma esposa, não de uma musicista.

  Marcus Holroyd foi encarregado de uma missão…  Porém não se sente tão confortável com a tarefa. Ao deixar o país, seu melhor amigo Daniel, o fez prometer que vigiaria sua irmã Honoria, impedindo que a moça se casasse com pretendentes inadequados. O problema é que ninguém lhe parece bom o bastante para ela. Aos olhos de Marcus, um marido para Honoria precisaria conhecê-la bem (de preferência, desde a infância, como ele), saber do que ela gosta (doces de todo tipo) e o que a aflige (como a tristeza pelo exílio de Daniel, que ele também sente).

   Será que o homem ideal para Honoria, é justamente o que sempre esteve ao seu lado afastando todo e qualquer pretendente?
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  Nesse primeiro livro ficamos sabendo de algo que gerou conflito entre duas famílias, acarretando tristeza para muitas pessoas. O irmão mais velho de Honoria, Daniel, está exilado fugindo de ser morto pelo pai de um amigo seu. Isso tudo por conta de bebedeiras, cartas e um duelo com pistolas. Apesar de Hugh não ter acertado o tiro, Daniel acertou a bala em sua coxa, fazendo com que o rapaz tivesse sérios problemas para andar.

  O pai de Hugh deseja se vingar, e para se salvar, Daniel foge para a Itália. Antes de partir, pede para que seu amigo de infância que cuide da irmã.

  Essa é uma parte da história que é importante para os livros do quarteto, em sua maioria. Por isso ao ler, perceba como que o evento acarretou tristezas, vinganças, esperanças e negociações nos demais personagens.

  O romance que ocorre nesse livro é sutil, dando a entender que os sentimentos surgiram na infância. É interessante ver que tem aquelas briguinhas onde um quer apenas irritar o outro. E no meio disso, percebemos que Marcus conhece tão bem Honoria, sabendo de detalhes até de como ela come os doces.

  Contudo, Honoria se encarrega na missão de caçar um marido, onde misteriosamente seus pretendentes “perdem o interesse”. Diferente dos demais personagens que já vimos de Julia Quinn, Marcus não é o tipo libertino, o que torna o romance diferente do esperado.

  O que mais me chamou a atenção foi quando o rapaz ficou doente, do tipo “preciso de uma cirurgia”. Honoria, e sua mãe, claro, demonstraram ter um cuidado especial com o rapaz. A preocupação era tanta, que Honoria ignorava a ferida “feia” para poder cuidar de Marcus, seguindo as instruções de sua mãe.

  Então são momentos como esses que os personagens mostram seus sentimentos. Claramente que poderia ser um amor fraternal, mas como anteriormente já era notável que algo estava mudando, então vemos essas cenas com outros olhos.

   Lembremos que nessa época, uma febre alta era motivo para pânico. O que torna as cenas de adoecimento mais tensas que prendem a nossa atenção.

   Devo dizer que esse tipo de cena, em que um personagem masculino fica doente e recebe os cuidado da mulher (se tratando da era regencial), é um tipo de cena que mostra o homem em uma posição fragilizada. Alguns não gostam de mostrar essa parte dele (né Anthony?), então o livro acabou indo para um lado diferente do esperado.

  É nos momentos de dores, em que mais precisamos de alguém, que descobrimos quem se importa conosco. Não é mesmo?

Segundo livro – Uma noite como esta

⋆⋅⋅⋅⊱∘──────∘⊰⋅⋅⋅⋆Sinopse: Anne Wynter poder não ser quem diz que é…

  Mas está se saindo muito bem como governanta de três jovenzinhas bem-nascidas. Seu trabalho é bastante desafiador: em uma única semana ela precisa se esconder em um depósito de instrumentos musicais, interpretar uma rainha má em uma peça que pode ser uma tragédia ou, talvez, uma comédia – ninguém sabe ao certo – e cuidar dos ferimentos do irresistível conde de Winstead. Após anos se esquivando de avanços masculinos indesejados, ele é o primeiro homem que a deixa verdadeiramente tentada, e está cada vez mais difícil para ela lembrar que uma governanta não tem o direito de flertar com um nobre.

  Daniel Smtyhe-Smith pode estar em perigo…

  Mas isso não impede o jovem conde de se apaixonar. Quando ele vê a misteriosa mulher no concerto anual na casa de sua família, promete fazer de tudo para conhecê-la melhor, mesmo que isso signifique passar os dias na companhia de uma menina de 10 anos que pensa que é um unicórnio.

  O problema é que Daniel tem um inimigo que prometeu matá-lo. Mesmo assim, no momento em que vê Anne ser ameaçada, ele não mede esforços para salvá-la e garantir seu final feliz com ela.
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  Com o conde sendo o protagonista, conseguimos compreender o que aconteceu no fatídico duelo, que culminou em tornar uma pessoa coxa e outra um fugitivo. Quando finalmente retorna para a Inglaterra, a primeira coisa que acontece a esse rapaz é brigar com seu melhor e se apaixonar pela governanta.

  Novamente Julia Quinn retrata um romance ressaltando a diferença entre classes. Porém aqui Anne está cuidando das primas de Daniel, e elas são um sarro. Típico das famílias de Julia Quinn, essa é briguenta e barulhenta. A imaginação de cada uma delas é encantador, não tem como não sorrir com as cenas em que essas meninas aparecem.

   Porém o que nos prende mesmo é o mistério em torno de Anne. Queremos saber quem ela é, porque está fugindo, e o que aconteceu. Claro que o conde poderia, muito bem, resolver tal questão, mas aí não teríamos uma história. O mistério é o que nos move.

  Como se não fosse o bastante, também acompanhamos a situação de Daniel. Afinal alguém quer vingança e isso nos chama a atenção. Queremos saber como que a situação irá se resolvida, e como que os pombinhos irão terminar juntos. 

Terceiro livro – A soma de todos os beijos

⋆⋅⋅⋅⊱∘──────∘⊰⋅⋅⋅⋆Sinopse: Um brilhante matemático pode controlar tudo…

  A não ser que um dia exagere na bebida a ponto de desafiar o amigo para um duelo. Desde que quebrou essa regra de ouro, Hugh Prentice vive com as consequências daquela noite: uma perna aleijada e os olhares de reprovação de toda a sociedade. Não que ele se importe com o que pensam dele. Ou pelo menos com o que a maioria pensa, porque a bela Sarah Pleinsworth está começando a incomodá-lo.

   Lady Sarah nunca foi descrita como uma pessoa contida…

  Na verdade, a palavra que mais usam em relação a ela é “dramática” – seguida de perto por “teimosa”. Mas Sarah faz tudo guiada pelo bom coração. Até mesmo deixar bem claro para Hugh Prentice que ele quase destruiu sua família naquele bendito duelo e que ela jamais poderia perdoá-lo.

   Mas ao serem forçados a passar uma semana na companhia um do outro, eles percebem que nem sempre convém confiar em primeiras impressões. E, quando um beijo leva a outro, e mais outro, e ainda outro, o matemático pode perder a conta e a donzela pode, pela primeira vez, ficar sem palavras.
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   Esse é, de longe, o meu livro preferido do quarteto. Temos um personagem diferente do que costumamos ver, Hugh tem uma deficiência que lhe causa dores, tanto físicas quanto emocionais, e ainda por cima é matemático. Dificilmente vemos isso em um livro de romance regencial.

   Além disso conseguimos ver os bastidores de um casamento – finalmente. Toda vez que um Bridgerton se casava eu ficava me perguntando sobre os detalhes do casório. E aqui temos, em partes. Claro que mostra mais a organização de um, mas isso que é legal.

  Interessante vermos que os personagens não se conhecem direito, mas logo de cara não se suportam. Sarah tem toda a mágoa por conta do primo que passou anos exilado, e as consequências que o duelo trouxe para ela mesma. Já Hugh não gosta quando a moça lhe dirige a palavra com tamanho rancor, como se ele devesse conhecê-la.

    Um é racional enquanto o outro é emocional. Parecem ser tão opostos, mas quando são obrigados a serem padrinhos de casamento juntos, isso pode ajudar a mudar a opinião deles.

  Por mais que Sarah guardasse mágoas, Honoria e Daniel já haviam deixado tudo as claras, mostrando que o duelo ficou para trás e que Hugh fazia parte do círculo de amigos da família novamente. Só que para Sarah isso não é uma tarefa tão fácil.

   Outro ponto que devemos nos atentar é a relação que Hugh tem com o seu pai. Esse é o ponto de forte tensão, onde chegamos a cenas com um minimo de ação, mas que tiram nosso fôlego. Vemos um lado de Sarah que ninguém, jamais, viu. E ela foi poderosa demais!

    As irmãs de Sarah entram em ação novamente, uma peça de teatro é escrita e Hugh é convidado para ensaiar a peça. Pensem em um homem que parece carrancudo, que não gosta de se socializar? Pois bem essas irmãs conseguem dar um chá de canseira e ainda ganham a atenção de Hugh. O que, de fato, surpreende Sarah.

    Gosto de ver esse tipo de romance, onde os personagens não são como parecem. Um romance que parece impossível de acontecer, mas que ainda assim se desenrola surpreendentemente. 

Quarto livro – Os mistérios de Sir Richard

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Sinopse: Sir Richard Kenworthy tem menos de um mês para encontrar uma esposa…

  Por isso sabe que não pode ser muito exigente. Mas, quando vê Iris Smythe-Smith ao violoncelo no tradicionalmente desafinado recital de sua família, pensa que o destino trabalhou a seu favor. Ela é o tipo de garota que não atrai muitos olhares, porém algo o faz ter a certeza de que é a escolha perfeita.

  Iris Smythe-Smith já se acostumou a ser subestimada…

  Com seu cabelo muito claro, a pele alva e o jeito discreto, ela quase sempre passa despercebida, ainda que seja a única do Quarteto Smythe-Smith que realmente sabe tocar um instrumento – não que alguém consiga escutá-la em meio à cacofonia dos concertos. Por isso, quando o charmoso Richard Kenworthy pede para ser apresentado a ela, Iris fica envaidecida, mas também desconfiada.

  E quando o pedido de casamento dele se transforma numa situação comprometedora, Iris tem a sensação de que ele está escondendo algo… ainda que Richard pareça mesmo apaixonado e que o coração dela esteja implorando para que diga sim. 

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  Tudo bem, já entendemos que a situação do duelo foi completamente resolvida, mas agora iremos para uma história que aborda um tema que jamais li em um livro regencial.

  Quando falamos de Sir Richard, podem esperar por um pequeno mistério em torno de sua caça a uma esposa. O negócio é tão emergencial, que às vezes você não consegue ver se ele está apaixonado ou não por Iris.

    O casamento entre os dois acontece de forma rápida e planejada, já que o nosso protagonista tem pressa em casar. Nesse caso conseguimos ver com um pouco mais de detalhes como que é a vida de casa em primeira mão.

  Só que o que me chamou a atenção foi o desenvolvimento do casal depois do casamento. Iris parece ser uma garota que é deixada de lado, meio que não sabe das coisas, mas não é bem assim. É muito observadora e sensível. A noite de núpcias foi um desastre, isso porque ela tinha expectativas básicas, que sequer foram cumpridas. Richard tomava decisões achando que estava fazendo o certo, mas no final das contas Iris chorava.

   Entramos naquele contexto de Anthony, quero uma esposa mas não irei amá-la. Richard tem essa mesma linha de pensamento. Então na medida em que começa a desenvolver sentimentos e não conseguir lidar com eles, entra em desespero querendo fugir da situação. Isso gera perplexidade nas personagens femininas, que não sabem o que está acontecendo e nem o que fazer.

   Só que chega um momento em que Iris não aguenta mais ficar calada. Ela analisa como que o casamento começou, os comportamentos do marido, as respostas que ele dá a ela. Tudo isso resulta que algo acontece por de trás dos panos, e isso atiça a sua curiosidade, pois já está causando muito sofrimento a ela.

Conclusão

  Os livros trazem histórias “diferentes” dos que vimos em os Bridgertons. Vemos diferentes tipos de romance acontecendo, personagens com personalidades muito chamativas que nos cativam.

   Não tenho o que dizer, Julia Quinn é minha autora favorita. Tem alguns livros que eu goste mais, outros menos, contudo sempre leio com sede de saber qual história ela vai contar. E amo todos eles.
Espero que tenham gostado e até o próximo post 😉

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