No filme da pixar Divertida mente, conseguimos ver uma técnica de redirecionamento que pode ser usada tanto em crianças quanto em adultos. Você sabe qual é?
Olá meus caros leitores!
Hoje o post será curtinho, já que é para exemplificar uma técnica que – provavelmente – já devo ter comentado aqui blog anteriormente. Então, bora entender esse exemplo um pouco melhor.
Anteriormente eu trouxe um post que falava sobre algumas técnicas que os autores do livro “Disciplina sem drama” falam. Basicamente são métodos de permitir que os pais sejam mais compreensivos e permitam dar um espaço para a criança sentir suas emoções, compreendê-las e resolver o problema em questão.
Uma estratégia de redirecionar que Daniel Siegel e Tina Payne trazem envolvem a brincadeira. Quando uma criança está chateada ou zangada com alguma coisa, talvez a brincadeira seja uma boa maneira de amenizar a frustração infantil antes de redirecionar.
Por que isso costuma dar certo?
Por ser algo não esperado pela criança. Quando está bravo ou triste, a pessoa não espera por uma brincadeira vinda dos pais. Então ela passa a avaliar se a brincadeira é um campo seguro ou não – como ver se os pais em questão estão mostrando um comportamento agressivo – e então esquecer, mesmo que minimamente, aquele sentimento ruim.
“Ser divertido é uma ótima maneira de estourar a bolha de alta emoção de uma criança, para que você possa ajudá-la a recuperar o controle de si mesma” (Siegel e Payne, 2016).
A criança, após avaliar se essa interação é perigosa ou não para ela, irá permitir os pais se conectar com ela. Isso tudo a partir de uma comunicação com ausência de ameaça mas com a presença de uma situação nova e diferente da que a criança estava envolta.
Divertida mente
Podemos ver isso na mídia também, como no filme “Divertidamente”. O filme que mostra as emoções dentro da cabecinha da protagonista, pode nos ensinar e muito como funciona essa técnica da brincadeira.
Logo no começo do filme, Riley está chateada por ter se mudado para uma cidade diferente, onde toda sua rotina e amigos iriam mudar. E a garota percebe que pelo semblante dos pais e o teor da conversa, de que para eles a mudança também os deixavam triste. Vemos isso na cena em que o pai de Riley comenta sobre a mudança se atrasar, mesmo que eles já tivessem chegado no momento.
Apesar de ser uma inversão de papeis, a técnica vem a partir de Riley. A garota – sabendo que toda a família gosta de hóquei – simula uma brincadeira chamando a atenção dos pais. De imediato eles esquecem sobre o problema em questão, e se juntam a filha na brincadeira de hóquei na sala.
O que isso nos mostra também, é que a técnica ainda pode ser aplicada também em adultos. Não existe uma faixa etária! Nós falamos de crianças, pois é um modo diferenciado de nos conectarmos a eles e então redirecioná-los.
Linguagem secreta
Além das brincadeira serem um ponto interessante de desviar a atenção da criança da tristeza, há outras formas de você usar sua criatividade com seus filhos. Dentre elas, os autores falam sobre o uso de palavras secretas afim de evitar palavras de baixo calão.
A linguagem secreta permitirá que a criança se expressa e ainda obedeça as regras da casa de não falar palavrão. O outro ponto dessa estratégia, é de que a linguagem a ser criada pode ser apenas da família, ou seja somente os pais e as crianças irão saber sobre ela e fazer seu uso.
Concluindo
O que acharam? É uma técnica boa? Eu acredito que sim, sem falar que é uma ótima maneira de aproximar os pais dos filhos, mesmo em momentos de tensão.
Quando se trata de crianças, podemos nos permitir sermos criativos para poder conectar com eles. As vezes é no meio de uma brincadeira que uma grande lição pode ser ensinada.
Recomendo a leitura desse blog, que fala um pouco mais sobre as emoções e as memórias – também das demais partes do filme em questão – e a psicologia. Vale a pena conferir 😉